quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Crise Política


A crise política nos anos 60 e 70 no Brasil

A metade do século XX chegava ao fim, e muitas mudanças ocorreram no mundo inteiro e no Brasil não foi diferente. Muitos governos ao redor do globo sendo questionados, derrubados, militares tomando posse, pessoas morrendo, guerras acontecendo. Foram algumas coisas que vinham acontecendo e viria a ser muito pior nos anos 60. Juscelino Kubitschek, o presidente que acreditou poder crescer o país com um lema de “50 anos em 5”, havia construído a capital da república, Brasília foi erguida. Jânio Quadros, então se elegeu presidente após JK, com um pensamento de “varrer a corrupção” dos governantes brasileiros, Jânio não durou nem um ano no poder. Seu vice João Goulart assume o mandato, ficando por 3 anos no poder, com uma política mais aberta, conversas com JFK, então presidente dos EUA, mostrava um Brasil mais amigável para os olhos estrangeiros. Porém, em 1964, tendo toda sua idéia de governo questionada por militares, Jango não resistiu à pressão das tropas militares que invadiram as ruas em Minas Gerais e São Paulo e acabou refugiando-se no Uruguai para evitar uma guerra icivil. Perdendo assim seu posto de presidente da república e dando inicio ao período mais triste e repressor da história recente do nosso país.
GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967)
Ele foi o primeiro presidente do regime militar a assumir a Presidência do Brasil.Durante o seu mandato foram baixados três Atos Institucionais, que ocorreram cassações de mandatos federais e estaduais e transferências ao Congresso para escolha do presidente, alem de dissolver os partidos políticos.Assim, somente os partidos da Arena (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), de oposição, estavam autorizados a funcionar, instituindo-se o bipartidarismo. (é uma situação política em que apenas dois partidos dividem o poder).
GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)
Arthur Costa e Silva foi um militar e político, o segundo presidente do regime militar instaurado pelo golpe militar de 1964.Foi eleito indiretamente pelo congresso.O seu governo foi marcado pelo AI-5 (Ato Institucional número cinco) que lhe daria direito de fechar o parlamento, cassar políticos e institucionalizar a repressão. Em 31 de agosto de 1969 Costa e Silva por motivo de doença foi afastado da presidência, o seu vice Pedro Aleixo não assumiu o poder por ser civil e ser contra o AI-5, em conseqüência a Junta Militar assumiu a o comando do país.
GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)
No Brasil, as juntas militares foram grupos de oficiais que assumiram o governo durante o período da República, em exceção constitucional: em 1930, 1961,1964 e 1969. Por dois meses a Junta militar assumiu o comando do país de 31 de agosto a 30 de outubro de 1969. Formada por altos comandantes das forças armadas, normalmente após a tomada do poder por meio de um putsch ou um golpe de estado. Uma das principais realizações da Junta Militar Brasileira: Lei de segurança Nacional, Reabertura do Congresso e a Nomeação de Emílio Garrastazu Médici como presidente. A junta pode estar diretamente a cargo das funções de governo ou exercer nominalmente um papel consultivo, delegado o cargo político concreto a um de seus membros ou a outro representante, elas respondem em geral a situações de forte instabilidade política, onde interesses ideológicos levam os setores mais conservadores a controlar o poder diretamente.
GOVERNO MEDICI (1969-1974)
O governo de Emílio Garrastazu Médici, do segundo semestre de 1969 até u início de 1974 foi o período de maior repressão da ditadura. Prisões, torturas grupos de extermínio eram comuns, severa censura a livros, filmes e liberdades individuais. Por isso esse período ficou conhecido como “anos de chumbo da ditadura” e Médici era chamado de O Carrasco Azul. Foi no governo de Médici que Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e outros foram exilados do país por discordarem do regime. Para exemplificar esse momento foi criado o slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o”. A luta armada ficava cada vez mais forte, e várias guerrilhas iam acontecendo também, com destaque para a guerrilha do Araguaia.
Mas também foi em seu governo que aconteceu um grande desenvolvimento econômico, o chamado “milagre econômico”, que o PIB aumentou cerca de 12% ao ano, contra uma inflação que beirava 18%. Soma-se a isto construções como a Transamazônica, a ponte Rio Niterói e a Hidrelétrica de Itaipu. O país avançou, porém a divida externa e a desigualdade social imperou cada vez mais.
GOVERNO GEISEL (1974-1979)
Assumindo a presidência do Brasil antes da metade da década de 70 o general Ernesto Geisel começa um lento processo de transição rumo à democracia. Tomando posse ao mesmo tempo em que o milagre econômico chegava ao fim e a insatisfação do povo com as altas taxas era muito difícil governar fazendo com que a maioria do povo ficasse feliz,. A crise do petróleo e a recessão mundial mudam muito a economia brasileira, na mesma época em que créditos e empréstimos internacionais diminuem.
Geisel tinha como base de governo a abertura política lenta, gradual e segura. 
Trazendo muita insatisfação popular, o governo Geisel foi marcado por inúmeras fatalidades. Em 1978, o então presidente acaba com o AI-5 e começa a trilhar os passos para a volta da democracia no país.
GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985) 
João Figueiredo assumiu o país em 1979, e foi até 1985. O último general-presidente o governar o Brasil. Ele decretou a ”lei da anistia” dando o direito de retorno ao Brasil para artistas, políticos e demais cidadãos brasileiros exilados por crimes políticos. Os militares mais conservadores continuavam a repressão clandestinamente.
O pluripartidarismo foi restabelecido durante o governo Figueiredo em 1979, trazendo os partidos de volta. 
A inflação durante o governo estava alta.
Partidos de oposição começaram a surgir e os sindicatos se fortaleceram. O movimento das Diretas Já ganhou forma em 1984, com a participação de artistas, políticos de oposição e milhões de brasileiros, mas a “Emenda Dante de Oliveira” não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário